quinta-feira, 24 de junho de 2010

Ladeira...


Cái á água e escorrega. Degrada lá de cima do terraço. Há um morrinho onde o andar calmo da água é continuo. Escorrendo e empurrando em direçao a parte mais baixa. A ardósia que já era fria, congela. Estremeceu e tremeu. Um tremor que pertuba, confunde e mexe. E remexe. Faz o coraçao vibrar... Tanta reflexão já nao pode haver mais. O pé frio descalço que encontra com a água toma um susto! Pulsa, pertuba! Os nervos continuam a tremer e o que há de fazer é procurar um abrigo, coberto e seguro. Mesmo ainda no frio. Já sinto que é menos frio. Aos poucos a atmosfera vai secando e transformando o efeito que antes assustava as percepões. Novo mundo que antes era molhado e assustado. Agora parece cheio de peças que controlam o seu andar. Peças externas e do coraçao também. Continuam a moldar o coraçao. Continuam ensinando a alma a rogar sempre por algo que constrói um novo dia sem chuva...

terça-feira, 8 de junho de 2010

Julieta


Num instante de angustia o novo chega. Surpreendendo ele chega. Assustando também. E como muda, muda tudo do preto para o branco, do escuro para o claro. Transforma- se apenas. Permanece entao outro dia, outra idéa. Idéa renovada, num pensamento mais claro e fiél. Com o ajeitamento de tudo com os dias que passam, com o tempo que voa sem uma nítida percepção.
Julieta precisa aprender a ser sozinha. É frequente ela se perder no caminho. Se desviar e voltar a brincadeira, que é efêmera. Precisa logo logo sair do frio e se aquecer no Sol. Se confortar sem a ajuda de ninguem, matando os tals leões diários com a sua boa vontade de menina moça mulher. È uma fase que transita assim: hora é menina, hora é mulher. Ingênua que só vendo. Essa é Julieta. Mas ela nao muda nem por resa brava. Se soubesse o tanto que as pessoas de fora o querem bem. Se sentisse isso algum dia...